EM ESPIRITO DE ROMARIA… ACEITEI VIR PARA O ALGARVE!
Pe. Agostinho Pinto
Como bem sabeis, fui destinado, pelos meus superiores, para o serviço pastoral
na diocese do Algarve. Este é um serviço que traz novos desafios. Escusado será
dizer que deixo o serviço pastoral na ilha de S. Miguel com saudades, mas com a
disponibilidade de um missionário que fez voto de trabalhar pelo Reino de Deus
onde a divina Providência o colocar.
Entre as muitas ocupações que tive na Pastoral da ilha de S. Miguel, uma das que
me foi mais gratificante e que me fez
assumir a cultura e a espiritualidade micaelense, foram as Romarias Quaresmais.
Confesso que aprendi muito com os irmãos romeiros e continuo a sentir-me um
romeiro, desta vez, em missão fora da ilha. Foi com o espírito de romaria, como diz
o regulamento: aceitar com humildade e em espírito de penitência todas as contrariedades
que durante a romaria acontecem, que aderi à nova missão que a divina
Providência me encarregou. Muitas vezes vos disse que é uma exigência, para o
verdadeiro romeiro, viver em espírito de Romaria no dia a dia da vida, agora, foi a
minha vez, de assumir com espírito de romeiro esta nova missão. Tive pena em
não ter tido a possibilidade de me despedir de todos, mas, tenho a certeza que
continuamos unidos na oração penitente, humilde e confiante. Mesmo longe, terei
gosto em continuar a ajudar-vos a aprofundar e a viver em espírito de autêntica
romaria - a romaria da vida, de peregrinos que caminham, todos os dias, para a
casa do Pai. O Grupo Coordenador ofereceu-me, em nome de todos, uma oferta
significativa: uma casula roxa (da quaresma) com o monograma do grupo de
romeiros de S. Miguel. Será uma maneira para melhor vos ter presente, de modo
especial na celebração da missa. Se houver a oportunidade de partilhar convosco,
novamente, a experiência da Romaria Quaresmal, fá-lo-ei com todo o gosto.
A todos conservo no coração e terei presente nas minhas orações, para que as
romarias de S. Miguel sejam, sempre mais fieis à mística do passado, mas sempre
em unidade e docilidade às orientações da Igreja presente. Sem estes dois vectores
de obediência e fidelidade, as romarias passarão a ser apenas uma espécie de exibição
folclórica, o que seria um desgosto para mim e para todos os que assumiram,
de coração, a espiritualidade das romarias. Contem comigo! Eu conto convosco!
O irmão Pe. Agostinho Pinto scj